quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

A Espaço Mídia agora tem página no Facebook

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segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Mídias sociais, o alvo real do bloqueio da Internet pelo Egito

Facebook, YouTube e Twitter e até o Google Docs têm sido utilizados de forma inovadora na coordenação dos protestos e divulgação de notícias.

Com uma ação abrangente para derrubar as comunicações via Internet, o governo do Egito não apenas conseguiu bloquear o Twitter como também limitar de forma significativa o acesso ao Facebook, Yahoo e Google, em sua tentativa de diminuir a força dos protestos populares.

Não é a primeira vez que um governo tenta censurar o conteúdo online e bloquear o acesso à Internet. Mas as ações do Egito chamaram a atenção do mundo porque foram além da conta - e de forma bastante agressiva.

“Antes deste incidente, o governo egípcio tinha bloqueado apenas o mínimo, como sites de oposição. Mas nunca a mídia social e o noticiário internacional”, afirmou, por e-mail, Jillian York, coordenador de projeto do Centro Berkman para Internet e Sociedade, na Universidade de Harvard.

“O governo não tem um ponto de controle central para a Internet, o que significa que precisa confiar em sua capacidade de forçar os provedores de acesso a cooperar”, afirmou, acrescentando que, até onde sabe, ainda havia um provedor operando na tarde de sexta-feira (28/1).

Grande papel
Está claro que o que tem sabotado os esforços do governo é o grande papel que as mídias sociais têm tido nos protestos que abalam as cidades do país, incluindo a capital Cairo.
“Facebook, Twitter, YouTube e até o Google Docs têm sido utilizados de formas inéditas desta vez – tanto para  coordenação como para divulgação de notícias”, explicou York.
Ela e outros são céticos sobre a eficácia que o “desligamento” da Internet poderá ter sobre os protestos a esta altura.
“Twitter, Facebook e a Internet têm tornado a desobediência civil mais eficiente”, afirmou a analista Rebecca Wetterman, da Nucleus Research. “O governo está reagindo a um problema civil cortando um canal de comunicação, mas sempre haverá outros meios.”

Tiro no pé
Enquanto isso, o Egito leva um duro golpe do Exterior, especialmente a comunidade empresarial, disse Wetterman. “Essa reação de colocar a Internet de joelhos mostra que o Egito não está aberto para negócios – e isso terá conseqüências negativas dramáticas para as empresas que têm negócios lá”, acrescentou.
No começo da semana, o governo egípcio mirou no Twitter, que tem sido usado para planejamento de protestos e comunicação entre participantes. No entanto, na quinta-feira (27/1), o governo ordenou o desligamento das comunicações via Internet e das redes de celulares.
“Como resultado do bloqueio da Internet no Egito, as pessoas têm sido impossibilitadas de acessar serviços da Google e do YouTube; ou, no mínimo, têm tido sérias dificuldades para fazê-lo”, disse Scott Rubin, porta-voz da Google, por e-mail.
“A Internet tem sido uma das maiores inovações de nossa época por causa do acesso à informação que oferece às pessoas de todo o mundo”, disse o principal executivo legal da Google, David Drummond, à televisão Al-Jazeera em Davos, segundo o The Financial Times. “Nós acreditamos que o acesso é um direito fundamental, e é muito triste quando esse direito é negado a cidadãos do Egito ou de qualquer outro país.”

Acesso limitado
O Facebook também confirmou que o acesso a seu site é bastante limitado. “Temos conhecimento de informes sobre interrupção de serviço e notamos uma queda no tráfego proveniente do Egito desde quinta-feira”, disse o porta-voz do Facebook, Andrew Noyes, via e-mail.
O governo dos Estados Unidos também está preocupado com a interferência do Egito nos serviços online. “Queremos nos certificar de que o Egito não está interferindo com o uso de mídia social. Este é um direito fundamental tão claro como o de caminhar nas praças da cidade”, disse um porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, P.J. Crowley, à TV Al-Jazeera, na quinta-feira.
Muitos usuários do Yahoo também têm sido afetados e a empresa tem monitorado a situação bem de perto, afirmou a porta-voz Nina Blackwell, por e-mail. “O Yahoo foi fundado sobre o princípio de que o acesso à informação pode melhorar a vida das pessoas, e nós sempre nos preocupamos quando o acesso à Internet é negado a pessoas de qualquer parte do mundo”, disse.
O Twitter confirmou na terça-feira (25/1) que seu site e suas aplicações foram bloqueadas pelo Egito. “Nós acreditamos que a troca aberta de informações e opiniões beneficia a sociedade e ajuda os governos a melhor se conectar com seus povos”, afirmou o Twitter, em declaração.
(Juan Carlos Perez)

Fonte: www.idgnow.uol.com.br